{"id":1871,"date":"2015-08-22T18:51:44","date_gmt":"2015-08-22T18:51:44","guid":{"rendered":"http:\/\/gppsd.com.br\/novo\/?p=1871"},"modified":"2023-10-01T02:33:48","modified_gmt":"2023-10-01T02:33:48","slug":"montando-um-classico-da-revell-aerobee-hi","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/gppsd.org.br\/2015\/08\/22\/montando-um-classico-da-revell-aerobee-hi\/","title":{"rendered":"Montando um cl\u00e1ssico da Revell, Aerobee HI"},"content":{"rendered":"

Por Guilherme Castro<\/p>\n

Com a inestim\u00e1vel ajuda dos cientistas alem\u00e3es que foram para os EUA, sob os ausp\u00edcios da \u201c Opera\u00e7\u00e3o Paperclip\u201d, os norte-americanos queriam ter, tamb\u00e9m, a supremacia do espa\u00e7o, j\u00e1 visualizando a primeira viagem tripulada \u00e0 Lua.<\/p>\n

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Assim, no euf\u00f3rico clima do p\u00f3s-guerra no ano de 1946, o Dr. James Van Allen e o Dr. Rolf Sabersky, este da empresa Aerojet General, receberam o apoio da US Navy (Marinha norte-americana) para o desenvolvimento e produ\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia de foguetes Aerobee, j\u00e1 que Van Allen estava envolvido com o projeto de m\u00edsseis chamado de Bumblebee.<\/p>\n

A sugest\u00e3o \u00f3bvia foi juntar o nome da empresa fabricante com o nome do projeto, nascendo o Aerobee. O principal objetivo do projeto era o estudo e sondagem sub orbital e a pesquisa da ent\u00e3o pouco conhecida camada de oz\u00f4nio. O primeiro lan\u00e7amento foi em 17 de maio de 1947, no Campo de Teste de M\u00edsseis em White Sands e com apenas 55kg de carga cient\u00edfica, atingiu a altura de 62km. Conforme as variantes do modelo eram aperfei\u00e7oadas, a US Navy chegou a pensar em us\u00e1-lo como m\u00edssil, usando o USS North Sound como base de testes no mar. A United States Air Force (USAF) tamb\u00e9m pensou em empreg\u00e1-lo como m\u00edssil, j\u00e1 que era barato, mas o peso da ogiva de guerra n\u00e3o era o bastante para torna-lo uma arma. Portanto, seu uso para fins militares foi definitivamente descartado, ficando essa fun\u00e7\u00e3o com os Ajax, Nike e outros do arsenal bal\u00edstico estadunidense. As vers\u00f5es do Aerobee foram; Type 75, 150, 170, 170A, 170B, 200, 300 e a 350, que foi a mais poderosa com 15,9m de comprimento , ogiva com carga \u00fatil de 200kg e podia atingir at\u00e9 320km de altitude, sendo impulsionado com uma mistura l\u00edquida composta a base de \u00e1lcool furfurilico e anilina. No total, foram produzidas 1.065 unidades de todos os tipos, sendo utilizado entre 1968 e 1969 no apoio \u00e0s pesquisas do Programa Apolo. O \u00faltimo lan\u00e7amento de um foguete Aerobee deu-se no ano de 1.985.<\/p>\n

Aerojet General Aerobee HI da Revell, 1\/40<\/strong><\/p>\n

A Revell americana lan\u00e7ou o kit no ano de 1958 com o c\u00f3digo 1814, aproveitando o sucesso do Ano Geof\u00edsico Internacional de 1957 e a acirrada corrida espacial entre russos e norte-americanos, que tomavam conta dos notici\u00e1rios di\u00e1rios internacionais. Para um molde da era de ouro do plastimodelismo, a moldagem e apresenta\u00e7\u00e3o \u00e9 excelente, come\u00e7ando pela estampa da caixa, onde aparece o foguete sendo preparado pela equipe de terra, tendo, ao fundo, um em posi\u00e7\u00e3o de disparo. O conjunto completo \u00e9 composto por 43 pe\u00e7as, mais tr\u00eas figuras, mantendo-se fiel ao original, com o foguete moldado na cor branca e as demais pe\u00e7as em cinza m\u00e9dio. Como o p\u00fablico alvo eram as crian\u00e7as e adolescentes da \u00e9poca, os atrativos deste modelo eram as rodas m\u00f3veis e a possibilidade de se manter em n\u00edvel de disparo a unidade lan\u00e7adora. Como as pe\u00e7as s\u00e3o poucas, o trabalho de montagem foi muito tranquilo, sendo que iniciei o kit pela montagem do foguete, conforme as instru\u00e7\u00f5es.<\/p>\n

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O segundo passo foi montar a base do chassi do transporte e finalmente, a parte articulada do lan\u00e7ador. Obviamente, como n\u00e3o teria deixar de ser, existem alguns probleminhas com marcas de sulco de inje\u00e7\u00e3o, facilmente corrigidas com aplica\u00e7\u00e3o de super bonder ou massa pl\u00e1stica, mas nada de estressante. Uma boa m\u00e3o de primer revelou alguns pontos que deveriam ser corrigidos, pois a cor branca do pl\u00e1stico do corpo do foguete, engana um pouco a vis\u00e3o. Iniciei a pintura do foguete, usando tinta branca X-2 da Tamiya. Depois de seco, isolei o corpo para a aplica\u00e7\u00e3o de tinta vermelha X-7 na ogiva e tinta preta X-1, nas aletas designadas.<\/p>\n

O bra\u00e7o interno de tra\u00e7\u00e3o que faz o movimento de eleva\u00e7\u00e3o da plataforma de lan\u00e7amento, foi pintado na cor alum\u00ednio. Quanto a pintura do transportador e torre de lan\u00e7amento tinha v\u00e1rias op\u00e7\u00f5es, pois poderia ser amarelo, vermelho, Navy Blue ou verde oliva, pois pelo material de pesquisa e apoio consultado, existiram v\u00e1rias plataformas de cores diferentes, dependendo por quem era utilizado. Como queria fazer da USAF, optei pela cor verde oliva. N\u00e3o cheguei a utilizar os decais para decora\u00e7\u00e3o do para-choques do transportador, optando pela pintura nas cores branco e vermelha. Para finalizar, aplica\u00e7\u00e3o dos poucos decais de aviso ( o US Air Force veio da minha caixa de sobras de decais) e uma cobertura de \u201cfuture\u201d para selar todo o trabalho de pintura.<\/p>\n

Queria pintar as figuras que acompanhavam o kit, mas sabia que iria enfrentar problemas com a tinta \u201ccor da pele\u201d, que al\u00e9m de n\u00e3o possuir, n\u00e3o tinha experi\u00eancia para tal pintura. Mas o problema foi resolvido, gra\u00e7as a ajuda de meu amigo Claudio Vitorino, tesoureiro do GPPSD, um experto em militaria e montagem de figuras. Com o problema resolvido, as vestimentas ficaram por minha conta. Apenas a roupa prateada de amianto (visor em acetato transparente fiz na m\u00e3o, mesmo), foi pintada com aer\u00f3grafo, e as demais figuras, \u00e0 pincel.<\/p>\n

Mas, mesmo assim achei que ainda estava faltando alguma coisa! Ent\u00e3o, resolvi fazer uma base em plasticard. Encontrei um peda\u00e7o que estava sobrando na sede do GPPSD, fiz as marca\u00e7\u00f5es das placas de cimento com um scriber e depois de fazer um pr\u00e9 shade com tinta preta, pintei toda a superf\u00edcie na cor cinza, para dar o efeito. Um outro amigo de GPPSD, Paulo (Trek) Sergio, ao ver o trabalho, achou que estava muito b\u00e1sico, muito liso e sem vida. Pegou a placa de plasticard, colou uma fina l\u00e2mina de madeira na parte inferior e fez alguns efeitos, adicionando grama e pedrinhas com cola branca.<\/p>\n

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Achei \u00f3timo, dando por finalizado o trabalho e ainda conseguindo uma vinheta. Mas, mesmo assim, continuava a achar que faltava alguma coisa. Mania de plastimodelista, fazer o que? Ao separar para guardar o material de pesquisa utilizado para a montagem do kit, deparei com uma foto de um Jeep reboque, mais vistoso que cavalo de cigano e n\u00e3o deu outra, tinha achado a solu\u00e7\u00e3o ! S\u00f3 que n\u00e3o tinha o raio do Jeep, afinal, monto avia\u00e7\u00e3o. Mas a sorte me sorriu na Conven\u00e7\u00e3o do GPPSD realizado em dezembro de 2014 no PAMA-SP, comprei uma sucata de um Jeep na Monogran na escala 1\/40, pela bagatela de R$ 20,00! Era um Jeep com a configura\u00e7\u00e3o militar, b\u00e1sico e antigo como ele s\u00f3, com a bandoleira do fuzil M-1 e as ferramentas, estampadas diretamente nas laterais. Mas foi s\u00f3 tirar com uma l\u00e2mina o que estava estampado, lixar bem e pronto. A montagem foi simples e a pintura, mais ainda. A parte inferior na cor preta e a superior X-8 Lemon Yellow com um pouquinho de vermelho. Os quadrados vermelhos foram restos de uma folha de decal. Agora sim, n\u00e3o faltava mais nada, o veterano molde da Revell, no alto de seus 57 anos de exist\u00eancia, mais o jipinho da Monogran, que deve estar por essa idade, v\u00e3o se juntar, orgulhos, ao restante de minha cole\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

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