{"id":2854,"date":"2018-06-29T10:19:12","date_gmt":"2018-06-29T10:19:12","guid":{"rendered":"http:\/\/gppsd.com.br\/novo\/?p=2854"},"modified":"2023-10-01T03:02:48","modified_gmt":"2023-10-01T03:02:48","slug":"mig-21-o-caca-mundial","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/gppsd.org.br\/2018\/06\/29\/mig-21-o-caca-mundial\/","title":{"rendered":"MiG-21 – O ca\u00e7a mundial"},"content":{"rendered":"

Por Guilherme P. de Castro<\/em><\/strong><\/p>\n

Constru\u00eddo em grandes quantidades, serviu com distin\u00e7\u00e3o em aproximadamente 50 na\u00e7\u00f5es. O MiG-21 foi um marco na avia\u00e7\u00e3o militar mundial sendo um \u00edcone da Guerra Fria, seja com as For\u00e7as A\u00e9reas do Pacto de Vars\u00f3via, na \u00c1frica, Sudeste da \u00c1sia, Oriente M\u00e9dio ou no Caribe.<\/p>\n

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Sua hist\u00f3ria come\u00e7a em 1954 ap\u00f3s a Guerra da Coreia no escrit\u00f3rio de projetos Mikoyan \u2013 Gurevich, sendo sua vers\u00e3o de pr\u00e9-s\u00e9rie conhecida como Fishbed B impulsionado por um reator Tumansky R-11 de 5.200 Kg de empuxo com p\u00f3s combustor e tinha como armamento fixo dois canh\u00f5es NR de 30 mm e dois m\u00edsseis K5A sob as asas. Com o passar dos anos, foi sempre aperfei\u00e7oado e atualizado, permitindo v\u00e1rias vers\u00f5es que foram exportadas para pa\u00edses sat\u00e9lites ou sob influ\u00eancia sovi\u00e9tica. Seu custo operacional relativamente baixo e robustez do design, aliado \u00e0 sua alta velocidade o tornaram atrativo para as for\u00e7as a\u00e9reas de pa\u00edses com poucos recursos, que clamavam por um ca\u00e7a de alta tecnologia e versatilidade.<\/p>\n

Rivalizava em fama com seus contempor\u00e2neos McDonnel F4 Phanton II dos EUA e o Dassault Mirage III franc\u00eas. Participou de combates em diversas partes do mundo, sempre impondo muito respeito.<\/p>\n

Pouco conhecido \u00e9 o \u201cCaso do MiG-007 \u201c, no melhor estilo James Bond (em moda, na \u00e9poca), onde um piloto iraquiano, que convencido pelo Mossad (Servi\u00e7o Secreto de Israel) desertou em agosto de 1966 com seu MiG entrando no espa\u00e7o a\u00e9reo israelense, sob a prote\u00e7\u00e3o de Mirages.<\/p>\n

Em poder do ca\u00e7a sovi\u00e9tico, os pilotos de Israel tiveram quase um ano para voar e testar o funcionamento, defici\u00eancias, virtudes e segredos deste formid\u00e1vel advers\u00e1rio, que enfrentariam na Guerra dos Seis Dias em junho de 1967.<\/p>\n

Montando o MiG 21MF Academy, 1\/48<\/strong><\/p>\n

Me atrevo a dizer que, assim como o Me 109, o MiG-21 \u00e9 um dos preferidos da avia\u00e7\u00e3o militar entre os plastimodelistas. Com um grande n\u00famero de livros especializados, Profiles, Walkarounds e mat\u00e9rias, permitem aos praticantes do hobby optar entre as muitas marcas, escalas e vers\u00f5es dispon\u00edveis no mercado, assim como escolher as vistosas e interessantes pinturas e op\u00e7\u00f5es de camuflagem. Com o c\u00f3digo 2171\/FA147, este veterano molde da Academy de 1998 ainda imp\u00f5e respeito nos dias atuais, sendo por vezes relan\u00e7ado com outras artes de tampas de caixas. Moldado em pl\u00e1stico cinza, baixo relevo, \u00e9 composto de cinco \u00e1rvores, com aproximadamente 103 pe\u00e7as, sendo completado com cinco transpar\u00eancias. O jogo de decais permite a decora\u00e7\u00e3o da For\u00e7a A\u00e9rea da Hungria, R\u00fassia e \u00cdndia, essa \u00faltima que acabou sendo a minha op\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

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Seguindo o manual de instru\u00e7\u00f5es, que \u00e9 muito bom, iniciei a montagem pelo interior do cockpit, sendo que dispensei o que veio com o kit, pois havia comprado um jogo completo em resina do fabricante CopyArt. N\u00e3o quero dizer que as pe\u00e7as que formam o conjunto do modelo sejam ruins, mas n\u00e3o s\u00e3o t\u00e3o detalhadas como as de resina.<\/p>\n

Como todo jogo de pe\u00e7as em resina, foi preciso um pouco de paci\u00eancia e muito trabalho de lixamento para encaixe. Ap\u00f3s uma camada de primer, pintei as laterais e ber\u00e7o do piloto e laterais na cor \u201cAzul Interior MiG\u201d, como muitos chamam, mas na verdade seria um \u201cverde Jade\u201d, que varia muito de tonalidade nas fotos. A fuselagem \u00e9 dividida em quatro partes, sendo as frontais, a do cockpit inteiro, e as demais onde \u00e9 instalado o motor R1 3F-300. Os encaixes s\u00e3o perfeitos, requerendo apenas aten\u00e7\u00e3o durante a colagem para manter o alinhamento. A fixa\u00e7\u00e3o da corcova com o leme \u00e9 sem stress, assim como a fixa\u00e7\u00e3o dos estabilizadores e todo o conjunto de asas com a fuselagem. O interior dos por\u00f5es de rodas, freios aerodin\u00e2micos, estojo dos foguetes n\u00e3o guiados e tampas protetoras foram pintadas na cor alum\u00ednio. Conforme a montagem progredia, a minha d\u00favida aumentava em rela\u00e7\u00e3o ao esquema de pintura, pois s\u00e3o tantas as varia\u00e7\u00f5es e op\u00e7\u00f5es!<\/p>\n

Consultei revistas, artigos, Internet e curiosamente achei umas fotos de uma vers\u00e3o da For\u00e7a A\u00e9rea da India, com a vantagem de ter as marcas do esquadr\u00e3o na pr\u00f3pria folha de decais que acompanha o kit (s\u00f3 que o esquema de pintura era outro) . O grande problema eram as cores, durante dias pesquisei e nada encontrei, somente as fotos, mas nada de informa\u00e7\u00f5es ou referencias das tonalidades, portanto, peguei as melhores fotos escolhendo as cores por aproxima\u00e7\u00e3o, as que mais pareciam. \u00a0Depois de tudo pronto \u2013 partes transparentes protegidas com tape Tamiya e primer aplicado em todas as superf\u00edcies da fuselagem e armamentos \u2013 fiz um pr\u00e9-shade com tinta preta nos sulcos de todas as linhas de baixo relevo.<\/p>\n

A parte inferior de asas e fuselagem foram pintadas na cor Mr Color 317 Gray (FS16440).\u00a0 Depois de seco, isolei as partes pintadas com tape, preparando a parte superior. Antes da pintura, propriamente dita, apliquei uma leve camada na cor verde claro bem dilu\u00edda. Reforcei com cinza as cores pretas do pr\u00e9-shade que esmaeceram e em seguida, apliquei a com Hobby Color H-70, que nada mais \u00e9 do que a nossa velha conhecida RLM-02!<\/p>\n

Sim ela mesma, a cor de interior de trem de pouso de avi\u00f5es alem\u00e3es da 2\u00aa Guerra. Depois de algumas horas, com o aux\u00edlio de fita crepe comum e tesoura, fiz os adornos irregulares que cobriram as partes pintadas anteriormente e que seriam preservadas. Novamente, as partes que seriam pintadas tiveram as linhas refor\u00e7adas, desta vez com a cor azul escuro. Ap\u00f3s alguns minutos apliquei a cor Hobby Color H-48 Fiel Gray 2. Sim, novamente uma cor alem\u00e3, desta vez, da infanaria, que retoquei com uma leve camada bem dilu\u00edda na cor verde m\u00e9dio. O tanque ventral pintei na cor alum\u00ednio, com a parte da frente cinza, os m\u00edsseis na cor branca, j\u00e1 os cubos das rodas foi uma mistura de cores Hobby Color 6 Green (70%) e Hobby Color 311 Gray (30%).<\/p>\n

Depois de retirar as m\u00e1scaras da fuselagem, fiz uns efeitos de uso com a tinta Valejo da cor preta, dilu\u00edda em \u00e1gua, com o aux\u00edlio de pincel. Apliquei os decais da \u00cdndia, selando o trabalho com uma m\u00e3o de Future, que usei como verniz. Por \u00faltimo, retirei os tapes que protegiam as partes transparentes, colei os armamentos e deixei os Speed Brakes abertos. Estava finalizado o meu Mig 21 MF do Esquadr\u00e3o 26 Warriors baseados em Palam. Foi uma montagem divertida, principalmente na hora de escolher e improvisar as tintas que foram usadas, sendo que o resultado me deixou satisfeito. Aproveitei e me diverti muito.<\/p>\n

Recomendo o kit, que proporcionar\u00e1 horas de muita divers\u00e3o a qualquer plastimodelista.<\/p>\n

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Constru\u00eddo em grandes quantidades, serviu com distin\u00e7\u00e3o em aproximadamente 50 na\u00e7\u00f5es. O MiG-21 foi um marco na avia\u00e7\u00e3o militar mundial sendo um \u00edcone da Guerra Fria.<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":3545,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[39],"tags":[],"blocksy_meta":"","featured_image_urls":{"full":["https:\/\/gppsd.org.br\/wp-content\/uploads\/DSC05257.jpg",1600,1200,false],"thumbnail":["https:\/\/gppsd.org.br\/wp-content\/uploads\/DSC05257-150x150.jpg",150,150,true],"medium":["https:\/\/gppsd.org.br\/wp-content\/uploads\/DSC05257-300x225.jpg",300,225,true],"medium_large":["https:\/\/gppsd.org.br\/wp-content\/uploads\/DSC05257-768x576.jpg",768,576,true],"large":["https:\/\/gppsd.org.br\/wp-content\/uploads\/DSC05257-1024x768.jpg",1024,768,true],"1536x1536":["https:\/\/gppsd.org.br\/wp-content\/uploads\/DSC05257-1536x1152.jpg",1536,1152,true],"2048x2048":["https:\/\/gppsd.org.br\/wp-content\/uploads\/DSC05257.jpg",1600,1200,false],"woocommerce_thumbnail":["https:\/\/gppsd.org.br\/wp-content\/uploads\/DSC05257-300x400.jpg",300,400,true],"woocommerce_single":["https:\/\/gppsd.org.br\/wp-content\/uploads\/DSC05257-600x450.jpg",600,450,true],"woocommerce_gallery_thumbnail":["https:\/\/gppsd.org.br\/wp-content\/uploads\/DSC05257-100x100.jpg",100,100,true]},"post_excerpt_stackable":"

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