{"id":3043,"date":"2018-11-27T14:07:00","date_gmt":"2018-11-27T17:07:00","guid":{"rendered":"http:\/\/gppsd.org.br\/novo\/?p=3043"},"modified":"2023-10-01T02:53:05","modified_gmt":"2023-10-01T02:53:05","slug":"mistel-1-ju88a-4-italeri-o-incrivel-mistel-guilherme-castro","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/gppsd.org.br\/2018\/11\/27\/mistel-1-ju88a-4-italeri-o-incrivel-mistel-guilherme-castro\/","title":{"rendered":"Mistel 1 – Ju88A-4 italeri – O incr\u00edvel Mistel (Guilherme Castro)"},"content":{"rendered":"

\"\"<\/a>Em 24 de junho de 1944 os marinheiros a bordo da fragata brit\u00e2nica HMS Nith n\u00e3o acreditavam no que os seus olhos viam. Ao longe avistava-se um estranho avi\u00e3o rumo \u00a0a embarca\u00e7\u00e3o. Ao se aproximar o aparelho iniciou um voo picado em grande velocidade e, depois, dividiu-se em dois. A parte menor virou, afastando-se bruscamente dos tiros da artilharia antia\u00e9rea, enquanto a parte maior continuava a aproximar-se. A enorme bomba com asas e dois motores acertou em cheio o lado direito do navio, matando imediatamente 10 marinheiros e deixando quase 30 feridos. Esse foi o primeiro ataque do Mistel, uma arma experimental da Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial. Quanto \u00e0 fragata, por sorte n\u00e3o afundou e continuou navegando. Outros tr\u00eas navios ingleses tamb\u00e9m foram atingidos, mas sofreram danos m\u00ednimos, sem deixar v\u00edtimas. Era o nascimento de mais uma arma alem\u00e3, em seu desespero de virar a mar\u00e9 da guerra a seu favor. O objetivo do Mistel com tamanha carga de explosivos era destinado a alvos grandes, refor\u00e7ados e bem defendidos, como navios e pontes. O conjunto era a \u00fanica alternativa da Alemanha para miss\u00f5es de bombardeiro estrat\u00e9gico de longo alcance, uma vez que o pa\u00eds n\u00e3o possu\u00eda uma aeronave com tais caracter\u00edsticas.<\/em><\/p>\n

Mistel<\/strong>\u00a0– Derivado do\u00a0germ\u00e2nico\u00a0misteltoe,<\/em> \u00e9 o termo como ficou conhecida esta arma a\u00e9rea alem\u00e3 empregada nas fases finais da II Guerra Mundial, sendo formada por um conjunto de dois avi\u00f5es. Uma\u00a0aeronave\u00a0menor tripulada transportava consigo outra maior, n\u00e3o tripulada. O aparelho n\u00e3o tripulado era carregado com\u00a0explosivos, transformando-se ent\u00e3o em uma enorme \u201cbomba voadora\u201c. As primeiras experi\u00eancias foram realizadas no famoso KG 200 da Luftwaffe, com um avi\u00e3o\u00a0Focke-Wulf Fw-56 \u00a0levando o\u00a0planador\u00a0de transporte\u00a0DFS 230. O\u00a0piloto\u00a0conduzia esta bomba at\u00e9 pr\u00f3ximo do alvo, quando era lan\u00e7ada. Uma vez que s\u00f3 foi efetivamente usado em pequenas a\u00e7\u00f5es isoladas, n\u00e3o afetou o resultado da guerra. A combina\u00e7\u00e3o de duas aeronaves voando em conjunto era problem\u00e1tica. Uma de suas defici\u00eancias era a baixa velocidade do conjunto que\u00a0 o tornava vulner\u00e1vel aos\u00a0avi\u00f5es de ca\u00e7a aliados.<\/p>\n

O Mistel e outras ” Armas Milagrosas ” (Wunderwaffe<\/em>) como as bombas voadoras, o avi\u00e3o foguete Me 163 Komet, \u00a0Me 162 e \u00a0 o ca\u00e7a a jato\u00a0Me 262 ,\u00a0foram frutos do desespero\u00a0frente a derrota cada dia mais pr\u00f3xima. . Inspirado pela leitura do livro \u201c Luftwaffe Mistel Composite Bomber Units \u201c, do autor Robert Forsyth, iniciei o projeto de montagem.<\/p>\n

MISTEL 1 Ju 88A-4 da ITALERI<\/strong><\/p>\n

A fabricante italiana Italeri lan\u00e7ou este interessante conjunto no ano de 1.996, sendo reunidos em uma s\u00f3 caixa dois kits. Com o c\u00f3digo 072, adquiri em um mercado de pulgas h\u00e1 algum tempo, acredito que o antigo dono ficou apenas com o BF 109F, por ser um molde mais novo, em baixo rel\u00eavo. O molde do Ju 88 \u00e9 mais antigo, em alt\u00edssimo relevo. Bom para mim, que sempre quis fazer um Mistel \u00e0 h\u00e9lice ! Portanto, os dois conjuntos de pe\u00e7as que vieram eram os que desejava. Para completar o conjunto, j\u00e1 que o Bf-109 veio faltando, recorri a um velho e encostado produto, tamb\u00e9m da Italeri, um FW 190 A8\/F que estava servindo apenas para teste de pintura. Felizmente, tinha todas as pe\u00e7as, o que me poupou de abrir um kit novo em folha.<\/p>\n

Montando o FW 190 A8\/F Escala 1\/72<\/strong><\/p>\n

Como j\u00e1 havia rebaixado os relevos das asas, tive de completar o trabalho, na parte inferior e nas metades das fuselagens. A cor interna foi pintada em RLM 66 e os por\u00f5es de rodas e portas dos trens, hastes e bequilha no padr\u00e3o RLM 02. A montagem foi tranquila, pois \u00e9 um kit simples, pr\u00f3prio para quem est\u00e1 iniciando no hobby. Depois de tudo pronto, passei uma camada de branco no \u201cqueixo \u201c do motor e topo da deriva, onde\u00a0 logo em seguida apliquei a cor \u201c Gelb \u201c ( amarelo ) RLM 04. Depois de isolado, fiz um r\u00e1pido pr\u00e9 shade em preto fosco em todas as linhas de pain\u00e9is. A parte inferior e as laterais foram pintadas na cor RLM 76, que depois de devidamente isoladas, receberam a camuflagem em RLM 74 e RLM 75. Os efeitos nas laterais foram usados as cores RLM 70 e RLM 71. Antes de aplicar os decais de minha caixa de sobras, fiz um leve \u201c wash \u201c, com tinta preta da Valejo dilu\u00edda em \u00e1gua para real\u00e7ar um pouco mais as linhas de pain\u00e9is, escapamentos e \u2026pronto, considerei finalizado o FW 190.<\/p>\n

Montando o Ju 88 A-4<\/strong><\/p>\n

Pela idade do molde, at\u00e9 que os encaixes s\u00e3o bem satisfat\u00f3rios, exceto o alinhamento das asas com os conjuntos dos motores, que \u00e9 um pouco cr\u00edtico. Fora isso, a montagem \u00e9 muito f\u00e1cil, principalmente porque n\u00e3o existe interior para ser montado ou parte transparente ( exceto o farol de asa ) para ser isolado com fita protetora.\u00a0 O interior dos por\u00f5es de rodas, portas protetoras, hastes dos trens de pouso e bequilha foram pintados na cor RLM 02 da marca Aerotech. Com material de pesquisa \u00e0 m\u00e3o, fiquei na eterna d\u00favida quanto a pintura, pois o conjunto Ju 88 e FW 190 era o conjunto Mistel 2, portanto, foram horas pesquisando a hist\u00f3ria e fotos em P & B, para decidir qual o esquema de camuflagem seria usado.\u00a0 Enquanto escolhia as cores a serem aplicadas, fiz um pr\u00e9 shade na cor preta em todas as linhas de painel e rebites, Por fim, optei em destacar mais a parte principal do Mistel, a sua carga explosiva. Assim, pintei em RLM 02 a parte principal, onde iam as duas toneladas de explosivo e o seu agulh\u00e3o detonador em prateado Mr. Color 08. A parte inferior das asas e fuselagem foi aplicada a cor RLM 65, em seguida uma leve camada na cor RLM 76 para real\u00e7ar a ondula\u00e7\u00e3o de cores. No dia seguinte, protegi a parte pintada e passei a primeira camada da parte superior da camuflagem, usando a cor RLM 70, em seguida, com o resto da pr\u00f3pria tinta, adicionei um pouco de cinza e fiz uma r\u00e1pida aplica\u00e7\u00e3o sobre a mesma superf\u00edcie, para dar uma quebrada na cor, imitando desgaste natural. Posteriormente, ap\u00f3s isolar a parte anteriormente pintada, apliquei a cor RLM 71 repetindo o processo com efeitos em tom mais escuro. Ap\u00f3s remover todas as m\u00e1scaras protetoras, fiz alguns afeitos com tinta preta e Tire Black nos escapamentos e um pouco de giz pastel, aplicado com um pincel de cerdas duras em alguns pontos do kit. Para selar todo o trabalho, uma boa m\u00e3o de Future em ambos os kits. Estava ansioso para ver o conjunto montado e minha curiosidade foi recompensada. Ficou um trabalho bem vistoso, superando minhas expectativas e agora o conjunto Mistel 1, que se transformou ( pelo FW 190 ) em Mistel 2, vai se juntar ao Mistel 5 ( Arado E 377A + He 162 ) da Dragon, na mesma escala.<\/p>\n

Guilherme Castro<\/p>\n

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Em 24 de junho de 1944 os marinheiros a bordo da fragata brit\u00e2nica HMS Nith n\u00e3o acreditavam no que os seus olhos viam. Ao longe avistava-se um estranho avi\u00e3o rumo \u00a0a embarca\u00e7\u00e3o. Ao se aproximar o aparelho iniciou um voo picado em grande velocidade e, depois, dividiu-se em dois. A parte menor virou, afastando-se bruscamente dos tiros da artilharia antia\u00e9rea, enquanto a parte maior continuava a aproximar-se. A enorme bomba com asas e dois motores acertou em cheio o lado direito do navio, matando imediatamente 10 marinheiros e deixando quase 30 feridos. Esse foi o primeiro ataque do Mistel, uma arma experimental da Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial. Quanto \u00e0 fragata, por sorte n\u00e3o afundou e continuou navegando. Outros tr\u00eas navios ingleses tamb\u00e9m foram atingidos, mas sofreram danos m\u00ednimos, sem deixar v\u00edtimas. Era o nascimento de mais uma arma alem\u00e3, em seu desespero de virar a mar\u00e9 da guerra a seu favor. O objetivo do Mistel com tamanha carga de explosivos era destinado a alvos grandes, refor\u00e7ados e bem defendidos, como navios e pontes. O conjunto era a \u00fanica alternativa da Alemanha para miss\u00f5es de bombardeiro estrat\u00e9gico de longo alcance, uma vez que o pa\u00eds n\u00e3o possu\u00eda uma aeronave com tais caracter\u00edsticas. Mistel\u00a0– Derivado do\u00a0germ\u00e2nico\u00a0misteltoe, \u00e9 o termo como ficou conhecida esta arma a\u00e9rea alem\u00e3 empregada nas fases finais da II Guerra Mundial, sendo formada por um conjunto de dois avi\u00f5es. Uma\u00a0aeronave\u00a0menor tripulada transportava consigo outra maior, n\u00e3o tripulada. O aparelho n\u00e3o tripulado era carregado com\u00a0explosivos, transformando-se ent\u00e3o em uma enorme \u201cbomba voadora\u201c. As primeiras experi\u00eancias foram realizadas no famoso KG 200 da Luftwaffe, com um avi\u00e3o\u00a0Focke-Wulf Fw-56 \u00a0levando o\u00a0planador\u00a0de transporte\u00a0DFS 230. O\u00a0piloto\u00a0conduzia esta bomba at\u00e9 pr\u00f3ximo do alvo, quando era lan\u00e7ada. Uma vez que s\u00f3 foi efetivamente usado em pequenas a\u00e7\u00f5es isoladas, n\u00e3o afetou o resultado da guerra…. <\/p>\n

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